quarta-feira, 5 de abril de 2017

SER TÃO VIRTUAL SERÁ EXIBIDO NO MUSEU REGIONAL


PRÉ-ESTREIA DO DOCUMENTÁRIO “SER TÃO VIRTUAL”  TRAZ A IDENTIDADE 

 SERTANEJA PARA EXIBIÇÃO NO MUSEU REGIONAL DO NORTE DE MINAS


Exibição que acontecerá nesta quinta (06), às 20h, é aberta ao público e contará com a presença de atores da cena cultural montesclarense



Ser Tão Virtual é a primeira parte de um estudo feito pelos professores Auíri Tiago e Brunno Souto. Baseado na obra Contos Mudernos: Causos do sertão, escrito pelo Auíri, eles percorreram o Norte de Minas em busca do mote “identidade e tecnologia”. Percebendo a relação que as pessoas criaram com a tecnologia, os dois observaram minucias do dia a dia do catrumano, sertanejo, norte mineiro, brasileiro; que a cada momento se modifica em relação a sua realidade. Colhendo depoimentos, visitando escolas e futricando um lugarzinho e outro, descobriram que o “sertão é mesmo dentro da gente”.

O documentário patrocinado pela lei de incentivo a cultura do município de Montes Claros contou com a participação de olhares especiais como: João Batista Costa (antropólogo), Jukita Queiroz (músico), Zé Fumim (primeiro morador de um bairro de Montes Claros), Jorge Alessandro (diretor de teatro), Catopês, etc.

Juntamente com outro projeto, “Concurso de redação Muderna”, foram 18 meses de viagens. Mais de 40 instituições de ensino visitadas, quase 7 mil jovens, crianças e adultos atingidos.  O objetivo sempre foi o mesmo: “emponderar nossa identidade para realizar uma mudança significativa em nossa realidade, através da educação e do diálogo sem amarras. "Alguns chegavam, outros esperavam o aceno, mas todos contribuíram para a publicação de um folhetim e o documentário”.

Produção: Paradiso
Edição: Tiago Pitzer
Direção: Brunno Souto
Criação: Auíri Tiago

SER TÃO VIRTUAL COMO EXTENSÃO DO LIVRO “CONTOS MUDERNOS: CAUSOS DO SERTÃO”

Na tentativa de recriar um imaginário muito bem representado por Guimarães Rosa, o livro que se enquadra na categoria de CONTOS possui uma abordagem teórica e literária para argumentar e justificar toda relação que os habitantes do Norte de Minas criaram com a “tecnologia”.

Historinhas, palavras, lendas, contos e causos recolhidos em 15 meses de viagem por entre as cidades de Minas Gerais, especificamente no Norte, procuram responder como a “mudernidade” influencia, modifica e cria novos olhares, novos imaginários e novas pessoas para viverem na mesma velocidade que as informações chegam hoje.

Baseado em teorias de autores renomados como Pierre Lévy, Aristóteles, John Locke, Carlos Brandão, Victor Hugo, Mikhail Bakunin e tantos outros, o autor Auíri Tiago destrincha toda a sua poesia em uma linguagem: denotativa – conotativa; abstrata – figurada; real – irreal.

Para responder algumas perguntas que tilintam na cabeça de quem vive no sertão, muitas vezes esquecido do resto dos Brasis, precisamos entrar dentro desse universo e mergulhar nessa tal de liberdade tecnocapitalista.
Qual a relação das pessoas com a tecnologia? Por que existe esse abismo interpessoal nos dias atuais? Modernidade é novo? Você sabe o que está acontecendo do outro lado do mundo?


Dentro desse volátil e líquido futuro, se encontra todo um sertão para se descobrir.

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