Projeto
barrado na Câmara Municipal
Matéria do executivo prevê pagamento para analistas de multas de trânsito; vereador diz que a hora é de poupar.
Márcia Vieira
Repórter
Depois de retirar da pauta o projeto de lei n° 22,
que autoriza o pagamento de Jeton (gratificação) à comissão de análise de
multas da MCTrans, o executivo novamente enviou o projeto a câmara para ser
votado nesta terça-feira, o que acabou não acontecendo em razão do pedido de
vista do vereador Valcir da Ademoc.
De acordo com o vereador, a Câmara Municipal dispõe de 3 recursos para impedir que um projeto seja votado: adiamento de discussão, vista e sobrestamento. Esta última garante um prazo de até 15 dias para se chegar a uma decisão. Para Valcir, o projeto apresenta contradições em diversos pontos e é necessária uma avaliação mais profunda da Comissão de Legislação e Justiça.
-Se na próxima semana a comissão entender que o projeto ainda provoca dúvidas ou não deve ser votado, pediremos mais uma vez o adiamento - anuncia.
O artigo 1° do projeto diz que os membros da Junta Administrativa de Recursos de Infrações- (JARI ) e os membros da Comissão da Defesa de Autuação farão jus ao recebimento de Jeton no valor de R$ 100 por reunião, que serão pagos pela Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito e Transportes de Montes Claros(MCTrans).
De acordo com o vereador, a Câmara Municipal dispõe de 3 recursos para impedir que um projeto seja votado: adiamento de discussão, vista e sobrestamento. Esta última garante um prazo de até 15 dias para se chegar a uma decisão. Para Valcir, o projeto apresenta contradições em diversos pontos e é necessária uma avaliação mais profunda da Comissão de Legislação e Justiça.
-Se na próxima semana a comissão entender que o projeto ainda provoca dúvidas ou não deve ser votado, pediremos mais uma vez o adiamento - anuncia.
O artigo 1° do projeto diz que os membros da Junta Administrativa de Recursos de Infrações- (JARI ) e os membros da Comissão da Defesa de Autuação farão jus ao recebimento de Jeton no valor de R$ 100 por reunião, que serão pagos pela Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito e Transportes de Montes Claros(MCTrans).
Neste item, Valcir argumenta que não há
ilegalidade, porém não considera oportuna a proposta, já que “o momento é de contenção
de gastos e não de gerar despesas”- Não haveria impacto financeiro, se
considerarmos que o recurso já estaria no orçamento da empresa, entretanto, a
verba poderia ser utilizada em ações educativas, preventivas e em melhorias
para o trânsito, não para pagar análise de multas - declara.
A comissão é constituída por servidores contratados
ou efetivos e são indicados pelo próprio presidente do órgão.
A MCTrans responde que desde o mês de janeiro de
2017, são cerca de 14 mil autuações pelo órgão e que a comissão tem que
existir, para que o autuado possa recorrer.
Já para o vereador, é mais uma contradição do
município.
- A proposta do prefeito era a de acabar com a
MCTrans, que para ele era um órgão gerador de multas, e agora ele quer pagar
para quem analisar essas multas. No mínimo, contraditório - diz Valcir.
Olhando pelo retrovisor
O vereador Edmílson Magalhães apresentou emenda ao
projeto do executivo, de n° 22, de 3 de abril de 2017.
A emenda do vereador suprimiu o artigo que tratava
da convalidação de gratificações em administrações passadas na Empresa
Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito e Transportes de
Montes Claros (MCTrans).
- O projeto pedia para a Câmara chancelar estes
pagamentos. Eu não estava aqui e não vou autorizar. O prefeito mais uma vez
insiste em olhar pelo retrovisor e quer viver no passado - afirma o vereador.
O texto do projeto aponta no artigo 2° que o valor do Jeton (gratificação) “poderá sofrer atualização monetária anualmente, pelo prefeito, mediante decreto.”
Para Edmílson, o item é perigoso e merece ser aprofundado.
- Até a palavra “Jeton” é ultrapassada. Esta casa é séria. Pra votarmos qualquer projeto, precisamos saber de antemão do que se trata e o que isso representa em termos de valores nos cofres municipais, mas o projetos que chegam aqui frequentemente dão autonomia a um prefeito que sequer se reúne com os vereadores - diz Edmílson.
O texto do projeto aponta no artigo 2° que o valor do Jeton (gratificação) “poderá sofrer atualização monetária anualmente, pelo prefeito, mediante decreto.”
Para Edmílson, o item é perigoso e merece ser aprofundado.
- Até a palavra “Jeton” é ultrapassada. Esta casa é séria. Pra votarmos qualquer projeto, precisamos saber de antemão do que se trata e o que isso representa em termos de valores nos cofres municipais, mas o projetos que chegam aqui frequentemente dão autonomia a um prefeito que sequer se reúne com os vereadores - diz Edmílson.
Apesar de ter apresentado emenda, o vereador
aplaudiu a atitude do colega Valcir, que pediu vista no projeto.
- Se não está claro, não podemos avalizar-
finalizou.
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