Professores custeiam serviços básicos para garantir
aula em Montes Claros
Marcia Vieira
Montes Claros
25/08/2017 - 01h24 - Atualizado 01h37
Professores da rede municipal denunciam que o não repasse de verbas
públicas os deixa “obrigados” a arcar com algumas despesas das escolas. O gasto
do próprio bolso garante do conserto de portões à aquisição de material
pedagógico. Não fosse isso, garantem, muitas atividades em sala de aula já
teriam sido suspensas.
“Os vigias foram demitidos em janeiro e até hoje não contamos com outras medidas de segurança. Além do medo e insegurança que nos afetam todos os dias, estamos pagando para trabalhar”, diz a servidora M.C., que pediu para manter a identidade em sigilo temendo represálias.
“Os vigias foram demitidos em janeiro e até hoje não contamos com outras medidas de segurança. Além do medo e insegurança que nos afetam todos os dias, estamos pagando para trabalhar”, diz a servidora M.C., que pediu para manter a identidade em sigilo temendo represálias.
O Diretor Administrativo da Secretaria Municipal de Educação, Valduir
Rosa, pondera: “Os problemas ocorreram porque houve a mudança de 90% dos
diretores e, com isso, tivemos que fazer a transição do caixa escolar”.
Segundo o gestor, os 89 caixas escolares ativos estão com o saldo
aproximado de R$ 200 mil, mas o dinheiro não pode ser utilizado ainda por
razões burocráticas.
“A segunda parcela do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) foi depositada em 2016, mas todos os caixas tiveram que fazer nova
eleição e nomear um novo conselho para registro. Só temos um único cartório de
registro de títulos e documentos em Montes Claros. Por isso a demora”,
justificou.
Valduir Rosa admite que durante este período pode ter ocorrido algum custeio por parte dos professores, mas ressalta que os diretores não foram oficialmente comunicados do problema.
RESSARCIMENTO
Questionado sobre possível ressarcimento aos educadores, Valduir Rosa recomenda que cada servidor procure o diretor responsável e avalie a possibilidade de recuperar o que foi empregado, com a comprovação dos gastos.
Valduir Rosa admite que durante este período pode ter ocorrido algum custeio por parte dos professores, mas ressalta que os diretores não foram oficialmente comunicados do problema.
RESSARCIMENTO
Questionado sobre possível ressarcimento aos educadores, Valduir Rosa recomenda que cada servidor procure o diretor responsável e avalie a possibilidade de recuperar o que foi empregado, com a comprovação dos gastos.
Hoje o município é responsável pela gestão de 104 unidades escolares,
entre Cemeis e instituições que vão do maternal ao ensino fundamental. Cada
diretor é gestor do caixa da própria escola. A exceção são as escolas de
pequeno porte, com menos de 30 alunos, que não possuem caixa próprio.
O representante da Secretaria de Educação destaca ainda que existe uma
licitação liberada para aquisição de material a ser utilizado nas escolas.
Triste!
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