Projetos Fotovoltaicos da Adenor habilitados para leilões em 2015
Dois projetos fotovoltaicos da Agência de Desenvolvimento da Região Norte de Minas Gerais- Adenor, foram habilitados pela Empresa de Pesquisa Energética - EPE, para o leilão que aconteceu nesta sexta-feira, dia 13 novembro 2015.
Segundo a superintendente executiva da Adenor, Márcia Versiani, "isso representa um grande avanço para o nosso projeto de desenvolvimento regional".
Com essa habilitação da EPE, a Adenor está tecnicamente habilitada para participar do 2º Leilão de Energia de Reserva para empreendimento fotovoltaico no município de Francisco Sá/MG.
A habilitação técnica é um atestado dado pela EPE de que o empreendimento está projetado adequadamente e tem condições de participar dos Leilões promovidos pelo Governo Federal. Para o presidente da Adenor, Pávilo Miranda, a habilitação dos projetos apresentados pela Agência caracterizam o profissionalismo, seriedade e transparência da Adenor neste processo, ou seja,"concluímos todos os processos até o leilão e negociação com os investidores", conclui.
Vale lembrar que a eólica é uma energia que combina muito com a matriz energética brasileira hídrica - quando chove não tem vento e quando venta, não tem chuva - são complementares e isso confirma a importância de ampliar essa fonte.
O consultor da ADENOR, engenheiro Uilton Roberto Rocha, da MEIUS Engenharia esclareceu que os Leilões de Energia Elétrica são realizados por determinação do Governo Federal, por meio de Portarias do Ministério de Minas e Energia, neste de novembro a PORTARIA Nº 70, DE 16 DE MARÇO DE 2015 que está anexa. Participam os Empreendimentos que tenham se cadastrado conforme definido na Portaria e tenham sido habilitados técnicamente pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética do MME. Para o Leilão o Governo define o preço teto, nesse caso R$ 381,00/MWh e vencem o Leilão os empreendimentos que ofertam os melhores preços.
O Leilão encerrado por volta das 16 horas desta sexta-feira, resultou na contratação de uma potência de energia fotovoltaica de 929,34 MW, de 33 Usinas Fotovoltaicas, sendo 9 delas em Minas Gerais (2 em Patrocínio, 3 em Pirapora e 4 em Paracatu). O preço médio ofertado de R$ 297,75/MWh representa um deságio de 21,85% em relação ao preço teto de R$ 381,00/MWh estabelecido pelo Governo Federal.
Essas Usinas vencedoras do Leilão no Estado de Minas Gerais são importantes investimentos para os municípios nos quais de localizam, mas pouco contribuem para o desenvolvimento sócio econômico dos 89 municípios da área de atuação da ADENOR, destacou o Engenheiro Uilton Rocha. Ele acrescenta que é muito importante trabalharmos para que essas usinas se viabilizem nos municípios acima de Montes Claros, nas regiões de Francisco Sá, Capitão Enéas, Janaúba, Porteirinha, Mirabela, Januária, São Francisco, Itacarambí e Manga, pois só assim os investimentos serão impulsos para os desenvolvimento sócio econômico de toda a região Norte de Minas Gerais. Além disso, se distribuídas nessas áreas, as Usinas contribuirão para melhorar o desempenho do Sistema Elétrico da CEMIG nessas regiões, que hoje está sobrecarregado, com elevadas perdas e tensão desestabilizada, sem condições de atender as cargas que buscam se instalar na região.
Uilton Rocha ainda destaca que Minas Gerais tem um grande potencial para geração de energia a partir do sol, principalmente nas regiões Norte e Noroeste do Estado. Esclareceu que hoje a energia gerada a partir das Centrais Geradoras Fotovoltaicas ainda é muito cara e praticamente é inviável vendê-la no ambiente de comercialização livre, competindo com outras formas de energia. Assim, o Governo por meio dos Leilões, admitindo pagar um preço acima do preço de mercado, estimula a venda dessa forma de energia, criando a demanda e motivando os empreendedores a investir nessa forma de geração. Com isso a oferta estimulada cresce e os empreendimentos no médio prazo se tornam mais eficientes e passam a competir com as outras formas de energia disponíveis no Mercado. Os Leilões do Governo visam suprir o mercado cativo das Distribuidoras ou constituir montantes de energia de reserva para garantir a segurança do suprimento de energia ao mercado nacional. No caso do incentivo dado para a energia fotovoltaica, ao pagar em um primeiro momento um preço mais elevado, o Governo estimula mais uma fonte de geração que se tornará eficiente no médio prazo, aumentando a competitividade com as outras fontes já existentes, o que resultará em mais oferta com a conseqüente queda dos preços e reforço na segurança energética.
Compromisso com o Desenvolvimento Sócio e Econômico de Minas Gerais
Sobre o Projeto de Empreendimentos Fotovoltaicos da ADENOR, o engenheiro informou que ele tem o compromisso de promover o Desenvolvimento Sócio e Econômico da Região Norte de Minas Gerais, onde vive uma população rica em valores culturais e morais e que se sustenta por uma economia pobre com atividades de baixo valor agregado. Os grandes investimentos que são feitos nesses empreendimentos fotovoltaicos (R$ 150 milhões/usina) e a geração de oportunidades de emprego que trazem, principalmente nas atividades de serviços, certamente mudarão o perfil econômico dos municípios envolvidos. Deve ser considerado também que utilizam tecnologias de primeiro nível o que certamente proporciona empregos de melhor qualificação com melhor nível de renda que os atuais. Assim, o ensino técnico, tanto superior quanto de nível médio será impulsionado, o uso da terra terá melhor remuneração e o nível de emprego será ampliado com oportunidades de maior qualificação. É também importante salientar, que nos 89 municípios do Norte de Minas Gerais que integram a área de atuação da ADENOR foi previsto implantar nos próximos anos o total de 120 (cento e vinte) usinas solares de 30 MW cada uma, sendo que já foram cadastradas pelos proprietários, na ADENOR, 104 (cento e quatro áreas), as quais estão sendo trabalhadas pelos consultores da ADENOR, ficando inclusive disponíveis para os grandes investidores que queiram vir implantar seus empreendimentos no Norte de Minas Gerais. Certamente que os engenheiros da região terão muita oportunidades, principalmente os das áreas elétrica, mecânica e civil.
Preço
Sobre o preço da energia fotovoltaica, Uilton Rocha esclareceu que ela ainda é cara, exatamente por não estar sendo largamente utilizada e também porque a maior parte dos equipamentos e materiais (cerca de 70% do investimento) hoje serem fabricados no exterior. Os Leilões gerando demanda pelo produto dos empreendimentos (energia elétrica) e outros incentivos estrategicamente oferecidos pelo Brasil, através de financiamentos favoráveis, incentivos tributários e outros, estimulam os fabricantes estrangeiros a trazerem para cá as suas fabricas, transferindo tecnologia de ponta e incrementando a atividade industrial no país, tudo isso tendo como resultado a oferta de equipamentos mais adequados à nossa realidade, com preços menores, além de gerar empregos de boa qualidade para nossa população. Ou seja, nós temos a principal matéria prima do processo, o Sol, temos mercado para usar o produto gerado e temos mão de obra motivada e em condições se ser preparada para desenvolver todas as atividades da cadeia produtiva da Geração de Energia Solar.
Tendência
Recentemente o Estado da Califórnia (EUA) aprovou uma Lei cujo objetivo é que nos próximos 15 anos 50% da energia venha de fontes renováveis, como solar e eólica. A Califórnia continua na linha de frente dos estados americanos pela sua abordagem em energia com a meta de que este seja um modelo acessível no restante do país e quem sabe, no resto do mundo.
No Brasil, a energia eólica já se aproxima dos 5% da matriz de geração de energia elétrica, um crescimento significativo nos últimos quatro anos.
No mês de agosto deste ano foram realizados dois leilões, um de energias renováveis e gás natural, e as renováveis representaram 96% dos projetos aprovados. Outro leilão só de solar com 834 megawatts aprovados comprados.
Durante a Fenics, em setembro deste ano, a Adenor mobilizou parcerias e, junto com a Secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Noroeste de Minas Gerais - Sedinor, e a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes Claros - ACI, realizou, com a participação de autoridades, empresários investidores e representantes especialistas no assunto, workshop com o tema “Energia Fotovoltaica no Norte de Minas”.
O workshop debateu as demandas e expansão da energia solar na região norte do estado, destacando a importância de se priorizar este tipo de energia, levando em consideração a alta incidência solar e a facilidade nas redes de distribuição.
Na ocasião, o Amílcar Guerreiro – diretor de estudos de energia elétrica da EPE/Ministério Minas e Energia, afirmou que “estamos diante de um desafio; daqui a 30 anos serão mais 20 a 25 milhões de pessoas que precisarão de energia, e por isso a discussão é urgente – envolve a segurança das energias”.
Serviço:
Para formar uma base de dados de quem tem interesse em ser investidor ou fornecedor de serviços que possam integrar a Rede de Profissionais, a Adenor abriu cadastro inicial, para acesso ao Portal de Energia Fotovoltaica do Norte de Minas, onde será disponibilizado as áreas de toda a região cadastradas para implantação de Usinas de Geração de Energia Fotovoltaicas e serviços como consultoria e elaboração de projetos, levantamentos topográficos, licenciamento ambiental, requerimento de outorga, formalização da conexão ao sistema, certificação do recurso solar e da geração de energia, cadastramento e habilitação de projetos na EPE/MME.
Para o cadastro inicial, é necessário: Razão Social da empresa; CNPJ; Nome completo do profissional; Profissão; Telefone com DDD; E-mail.
Telefone: (38) 2101 3319
Texto/Foto: Mosaico Comunicação
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