Montes Claros Maior (9)
Passaram-se
3 meses. 90 dias. Alguns secretários e gestores de Montes Claros já
mudaram o discurso e nem falam mais em crise, ou em dívidas herdadas,
pois que o discurso não cola mais. Outros já estão pisando no
acelerador. Ainda mais quando se vê a administração de João Dória em São
Paulo, nestes mesmos 90 dias iniciais de gestão, acelerada e midiática,
mostrando ações, obras e serviços, todos os dias, e com o apoio das
forças produtivas da cidade. O que causa espanto aos incautos e aos que
não descobriram ser imprescindível aos gestores públicos e aos prefeitos
a qualificação de empreendedorismo e estarem dispostos a trabalhar e
liderar projetos e pessoas. Outros prefeitos e gestores de cidades pelo
Brasil, e mesmo no Norte de Minas, com problemas e dívidas bem maiores
que Montes Claros, em termos relativos e proporcionais, estão pagando
salários, serviços e fornecedores e já fazendo o dever de casa, ou seja,
com obras e serviços sendo executados e sem se olhar pelo retrovisor.
Sem a desculpa de se estar realizando levantamentos, após 3 meses de
gestão que estão na Prefeitura de Montes Claros e a comandam, em todos
os setores. Quando os quadros a serem apurados não deverão ser mais os
mesmos. Desde 1° de janeiro de 2017, os gestores atuais assumiram cada
setor e cada pasta e assim a responsabilidade integral e de direito
passou a ser, exclusivamente, deles. A não ser que tudo tivesse sido
paralisado em 1° ou em 2 de janeiro de 2017, para uma outra auditoria ou
vasculhamento, inclusive patrimonial. É de se pressupor que tudo tenha
sido levantado e visto na fase de transição, no final de 2016, quando a
equipe do atual Prefeito, Humberto Souto, se instalou no 2º andar da
Prefeitura, por mais de um mês, e lhe foi permitido vasculhar, se
levantar e se verificar tudo, na ocasião. Nada cola mais na
administração passada, pois foram tantos os nomeados, nesta
administração, para os cargos comissionados, de chefias e operacionais,
em todas as secretarias e órgãos, que resta a estes a responsabilidade
sobre patrimônios e outros. E muitos, dentre os novos gestores ou já
trabalharam em gestões passadas, ou são servidores concursados e
efetivos, ou aposentados, e ou aproveitados da gestão passada, que
estavam e estão afetos a todos os serviços, equipamentos, materiais,
veículos e maquinários da prefeitura. Ficar também com discurso de
desordem na contabilidade e na gestão financeira não cola, pois que, na
maioria, os servidores da fazenda/finanças são concursados e efetivos, e
são profissionais que há anos ali militam, com profissionalismo, lisura
e competência e que sempre foram marcados pela eficiência e pela
eficácia. Ficar falando o contrário é desmerecê-los e lhes faltar com o
respeito. Falar
em falta de recursos é chover no molhado e todo mundo sabe, que o
período de vacas gordas de toda Prefeitura, como a de Montes Claros, são
os meses iniciais de cada ano, que além de entrarem recursos federais e
estaduais, do FPM e outros, do ICMS, da repatriação, do SUS/Ministério
da Saúde, do FUNDEB/Ministério da Educação, entram, de igual forma, os
recursos expressivos do ISSQN, do IPTU e do IPVA e outros. E é muito
dinheiro. Então se dizer de falta de recursos é sem sentido e não tem
guarida. Além dos valores de quase 200 milhões de reais dos terrenos da
Alameda Ibituruna e de outros, que poderão ser potencializados com a
comercialização. E tudo isso é muito bom para o atual prefeito e para a
sua equipe, que poderão fazer muito por Montes Claros. Espera-se que
projetos para a captação e a obtenção de recursos federais e estaduais e
até para o Banco Mundial, para o BNDES e outros estejam prontos e ou em
fase de conclusão e disponíveis, após três meses de gestão. Bem como os
estudos, as análises e os levantamentos para a renovação das concessões
do transporte coletivo e da água e do esgoto com a COPASA ou com outra
empresa, o que renderá outros recursos para a prefeitura. Com isso, a
Prefeitura já poderia estar com os processos de licitação prontos e ou
em realização, para o início do asfalto, das drenagens e da urbanização
em alguns bairros e na zona rural e já em preparação para a licitação e a
instalação de outras frentes de trabalho, no segundo semestre de 2017,
para as grandes, necessárias e prometidas intervenções urbanas. As
obras paralisadas, a maioria com dinheiro nos cofres da prefeitura, e
que são muitas e conhecidas em várias áreas, nos bairros e na zona
rural, precisam ser recomeçadas e muitas com possibilidade de entrega no
decorrer de 2017. Há que se entregar o Conjunto Monte Sião IV, pronto e
com os equipamentos exigidos, desde a gestão passada. Montes Claros
está acontecendo e está viva, como se vê nos meios de comunicação e por
toda a cidade, todos os dias, e cabe à prefeitura ser a apoiadora, a
incentivadora e a implementadora das políticas públicas. Montes Claros e
a sua população estão na torcida e na expectativa.
A Montes Claros Maior.
Hamilton Trindade - educador e professor
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