domingo, 23 de julho de 2017

DEPUTADA PEDE FIES PARA REGIÕES CARENTES de MG

Fies para regiões carentes de Minas

Raquel Muniz pede ao MEC inclusão do Jequitinhonha, Mucuri e Norte no novo programa para alunos pobres

Márcia Vieira
Montes Claros
17/07/2017 - 23h05 - Atualizado 23h10

O Ministro da Educação Mendonça Filho reuniu-se com parlamentares para tratar do novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que permite aos alunos financiarem até 100% do curso. A instituição que deseja aderir ao programa, deve estar entre os conceitos 3 e 5, na avaliação do MEC. 
As regras discutidas na reunião estabelecem que, a partir de 2018, o Fies será dividido em 3 modalidades. A primeira vai destinar 100 mil vagas para alunos de todo o Brasil com juro zero, em contrapartida aos juros atuais que estão em 6,5%. A renda per capita do aluno deverá ser de até 3 salários mínimos. 
A segunda modalidade disponibiliza 150 mil vagas com juros de 3% ao ano, para renda de até 5 salários mínimos e abrange as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Neste capítulo, entra a deputada Raquel Muniz, que intercedeu junto ao ministro, pedindo que o benefício chegue à região, onde há menor inserção de jovens nas faculdades. 
“Através da Comissão da Educação, da qual faço parte, vamos lutar pela inclusão do Norte de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Vamos criar a Comissão que discutirá o Novo Fies. É hora de todos os deputados mineiros se unirem em prol do ensino superior para todos, porque juntos somos mais fortes”, disse. 
Já a terceira modalidade do financiamento prevê juros variáveis de acordo com a renda e vai atender a todo o país. De acordo com o ministro, “o novo Fies vai priorizar os mais pobres, garantindo vagas e possibilidade a mais de 200 mil estudantes no próximo ano”. 
MODELO É BEM RECEBIDO
Dentro das mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação para serem implantadas no Fies a partir do ano que vem, uma delas diz respeito a inadimplência, que, atualmente, fica à cargo do agente financiador e passa a ser dividida com as universidades. Outra mudanças trata do prazo que o aluno tem para quitar o débito, que era de um ano e meio. No novo modelo, o pagamento começa no momento em que o aluno estiver empregado e o valor, descontado da folha, será de no máximo 10% do salário. 
Vítor Silva, aluno de jornalismo e usuário de 100% do Fies, declara. “Tudo seria mais difícil sem o Fies, principalmente para quem vem de outras cidades e arca com moradia e alimentação. Com a nova regra, o formando tem tempo para buscar o mercado de trabalho e pagar gradativamente”. 
ABRANGÊNCIA
Numa rede de ensino da cidade, com 7 mil alunos, cerca de 80% estudam por meio do benefício. “98% dos cursos têm mensalidades mais altas do que o salário mínimo. O Fies impulsionou a vontade das pessoas estudarem e trouxe oportunidade para regiões sacrificadas”, avalia Rafael Gomes, diretor do programa em universidade local.


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