Fies
para regiões carentes de Minas
Raquel
Muniz pede ao MEC inclusão do Jequitinhonha, Mucuri e Norte no novo programa
para alunos pobres
Márcia Vieira
Montes Claros
17/07/2017 - 23h05 - Atualizado 23h10
O Ministro da Educação Mendonça
Filho reuniu-se com parlamentares para tratar do novo Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies), que permite aos alunos financiarem até 100% do curso. A
instituição que deseja aderir ao programa, deve estar entre os conceitos 3 e 5,
na avaliação do MEC.
As regras discutidas na reunião
estabelecem que, a partir de 2018, o Fies será dividido em 3 modalidades. A
primeira vai destinar 100 mil vagas para alunos de todo o Brasil com juro zero,
em contrapartida aos juros atuais que estão em 6,5%. A renda per capita do
aluno deverá ser de até 3 salários mínimos.
A
segunda modalidade disponibiliza 150 mil vagas com juros de 3% ao ano, para
renda de até 5 salários mínimos e abrange as regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. Neste capítulo, entra a deputada Raquel Muniz, que intercedeu
junto ao ministro, pedindo que o benefício chegue à região, onde há menor
inserção de jovens nas faculdades.
“Através
da Comissão da Educação, da qual faço parte, vamos lutar pela inclusão do Norte
de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Vamos criar a Comissão que discutirá
o Novo Fies. É hora de todos os deputados mineiros se unirem em prol do ensino
superior para todos, porque juntos somos mais fortes”, disse.
Já a terceira modalidade do
financiamento prevê juros variáveis de acordo com a renda e vai atender a todo
o país. De acordo com o ministro, “o novo Fies vai priorizar os mais pobres,
garantindo vagas e possibilidade a mais de 200 mil estudantes no próximo ano”.
MODELO É BEM RECEBIDO
Dentro das
mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação para serem implantadas no Fies
a partir do ano que vem, uma delas diz respeito a inadimplência, que,
atualmente, fica à cargo do agente financiador e passa a ser dividida com as
universidades. Outra mudanças trata do prazo que o aluno tem para quitar o
débito, que era de um ano e meio. No novo modelo, o pagamento começa no momento
em que o aluno estiver empregado e o valor, descontado da folha, será de no
máximo 10% do salário.
Vítor Silva, aluno de
jornalismo e usuário de 100% do Fies, declara. “Tudo seria mais difícil sem o
Fies, principalmente para quem vem de outras cidades e arca com moradia e
alimentação. Com a nova regra, o formando tem tempo para buscar o mercado de
trabalho e pagar gradativamente”.
ABRANGÊNCIA
Numa rede de ensino da cidade, com 7 mil alunos, cerca de 80% estudam por meio do benefício. “98% dos cursos têm mensalidades mais altas do que o salário mínimo. O Fies impulsionou a vontade das pessoas estudarem e trouxe oportunidade para regiões sacrificadas”, avalia Rafael Gomes, diretor do programa em universidade local.
Numa rede de ensino da cidade, com 7 mil alunos, cerca de 80% estudam por meio do benefício. “98% dos cursos têm mensalidades mais altas do que o salário mínimo. O Fies impulsionou a vontade das pessoas estudarem e trouxe oportunidade para regiões sacrificadas”, avalia Rafael Gomes, diretor do programa em universidade local.
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