Parceria e atendimento preventivo são apontados
como opções para conter aumento de casos de auto-extermínio
Márcia
Vieira
Montes
Claros
11/10/2017
- 19h17 - Atualizado 19h20
A
prevenção ao suicídio foi discutida na Câmara Federal em Audiência Pública da
Comissão de Seguridade Social, a partir de requerimento da deputada Raquel
Muniz (PSD-MG) e do deputado Odorico Monteiro (PSB-CE).
A
tragédia que aconteceu recentemente em Janaúba (MG), segundo a deputada,
ilustra a necessidade da atuação conjunta para prevenção das situações.
“Há
uma necessidade de aprendermos muito em relação ao suicídio e uma tragédia como
essa mostra o quanto é importante desenvolver ações efetivas no âmbito da saúde
mental”, disse Raquel Muniz, que pediu apoio ao Ministério da Saúde para
direcionar esforços à cidade norte-mineira impactada pelo acontecimento.
Para
a parlamentar, a presença constante do agente comunitário nas comunidades é uma
alternativa.
“O
agente comunitário em visita aos domicílios ajuda a identificar precocemente
alguns sinais e sintomas que podem ser tratados. Pedimos também ao ministério a
reprodução do material que deve ser levado à população e profissionais como
jornalistas para auxiliar na divulgação e prevenção”, complementou.
AUXÍLIO
A cada 45 minutos é registrado um suicídio no Brasil e 90% dos casos poderiam ser evitados, de acordo com Leila Heredia Ferreira, vice-coordenadora do Centro de Valorização da Vida (CVV), entidade de apoio emocional e prevenção ao suicídio que atua há 55 anos no Brasil com 200 mil voluntários distribuídos em 170 postos. O atendimento é feito via telefone e o anonimato é garantido.
A cada 45 minutos é registrado um suicídio no Brasil e 90% dos casos poderiam ser evitados, de acordo com Leila Heredia Ferreira, vice-coordenadora do Centro de Valorização da Vida (CVV), entidade de apoio emocional e prevenção ao suicídio que atua há 55 anos no Brasil com 200 mil voluntários distribuídos em 170 postos. O atendimento é feito via telefone e o anonimato é garantido.
“É
trabalho para muitas mãos e somos apenas uma ponta desta rede, desenvolvida em
conjunto com pessoas que estão à frente das políticas públicas. Fazemos o
trabalho de escuta, sem julgamentos e sem censura, seja qual for o tipo de
problema, 24h por dia e 365 dias ao ano”, declara Leila.
PARCERIA
A entidade fez um acordo de cooperação com o Ministério da Saúde e por meio do telefone 188, já está presente em nove estados brasileiros com um programa piloto que começou no Rio Grande do Sul a partir do acidente na boate Kiss em 2015.
PARCERIA
A entidade fez um acordo de cooperação com o Ministério da Saúde e por meio do telefone 188, já está presente em nove estados brasileiros com um programa piloto que começou no Rio Grande do Sul a partir do acidente na boate Kiss em 2015.
“Quando
começou a funcionar, o serviço recebia 4.500 ligações por ano. Este número
saltou para 58.800 ligações em 2016. A meta é que até 2020 todo o Brasil esteja
interligado nesta rede”, revela Leila.
Cíntia
Araújo, representante do Ministério da Saúde, destacou que nem todos os
suicidas têm transtorno mental e o governo vem desenvolvendo programas para
tratar o assunto.
“Não
é só o cuidado e a atenção básica, são ações de prevenção e promoção da
qualidade de vida para criar sociedades mais coesas e menos vulneráveis a
situações de sofrimento”, pontua.
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