Mas eu vou postar aqui um texto que assimilei bem, porque semelhante à minha opinião. André Senna é fã do Senna, o AYRTON, por isso sei que vai fazer cara feia quando ler isso aqui. Perdão, Dé, mas é assim que vejo/sinto.
20 anos depois, a TV exibiu insistententemente diversos documentários, relembrando o acidente fatídico na Tamburello. Fiquei triste, como acho que ficaram todos os brasileiros naquele dia e em outros que se seguiram. E assisti praticamente a todos os documentários agora. Me emocionei, refleti sobre diversos aspectos, mas, enfim, o Senna era um excepcional piloto, um herói do Brasil, alguém que nos orgulhava, mas como todo ser, humano ou desumano, ele tinha facetas que não eram bacaninhas. Pronto. Como diz o texto, não era um Semideus.
Eu particularmente gosto do Prost. Assisti também a documentários sobre o baixinho francês e o admiro. Não o odeio, como a maioria dos fãs do Senna (não sei se o André entra aqui). Também não odeio o Piquet. Chego a dizer que sempre nutri mais simpatia por ele. E então encontrei este texto do Régis Tadeu, que remete a um outro texto, do Flávio Gomes, e posto um trecho aqui. para ler o texto completo, que é enorme, vocês terão, como eu, que acessar a página dele, tá?!
Ayrton Senna foi apenas um ótimo piloto, não um semideus
Nunca entendi a mitificação que ocorre quando alguém muito famoso morre. É como se a pessoa ganhasse um passaporte para a posteridade recebendo como bônus uma "passada de borracha" em todos os aspectos negativos de sua vida e apenas as suas virtudes passassem a ser valorizadas e, pior, incessantemente marteladas na cabeça das pessoas.
Assim aconteceu com Ayrton Senna. Foi um extraordinário piloto? Sem dúvida! Teve atitudes louváveis na vida? Tenho certeza que sim. Fez caridade? Ótimo, pois um sujeito que ganhou a grana que ele amealhou ao longo da carreira tinha mais que fazer isto mesmo. Agora, transformá-lo em um semideus, um sujeito acima do bem e do mal, como milhares e milhares de pessoas fizeram na semana passada - com a ajuda da TV, claro -, me parece um equívoco tão ingênuo quanto canalha. Afinal de contas, ninguém é bom ou mau o tempo todo.
Esperei pacientemente que, passada a comoção que rolou dias atrás pelos 20 anos da morte de Senna, tecer alguns comentários a respeito dele. Só que encontrei alguém que poderia fazer isto por mim com muito mais propriedade e gabarito...
Reproduzo abaixo o melhor texto que li a respeito do piloto que muitos tentam endeusar, mas que foi, acima de tudo, um ser humano como outro qualquer, só que com uma habilidade espetacular para guiar um carro de corrida.
Escrito por um talentoso jornalista, Flávio Gomes – cujo blog pode ser acessado aqui - , que trabalhou durante muitos anos na cobertura da Fórmula 1 in loco, ou seja, acompanhando as corridas nas próprias pistas, o texto é um retrato que julgo bastante fiel a respeito de quem realmente foi Ayrton Senna e os motivos que levaram muita gente a considerá-lo – erroneamente – diga-se de passagem – como um “santo”.
Leia mais aqui:
Amiga Márcia, eu não tenho raiva nem de Prost, nem de Piquet. Só acho que ambos foram apenas pilotos de F1, diferente de Senna que extrapolava os limites, sempre alguns graus acima da normalidade. Fora o ser humano, comum, briguento, exigente, obstinado, amoroso e determinado que nos deixou grande legado de vida e superação.
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