22/03/2017
Conselho Tutelar pede socorro
Márcia Vieira
Repórter
P/ O NORTE
Conselheiros Tutelares da primeira, segunda e terceira regiões, se
uniram para tornar pública a reivindicação dos seus direitos. Os funcionários
do órgão estiveram na Câmara nesta terça-feira e pediram apoio dos vereadores.
O Conselho Tutelar foi criado para atender pessoas em situação de
vulnerabilidade social e a demanda é alta. A dona de casa A.C.S. conhece bem o
trabalho da instituição.
- Em 2016, passei por uma situação muito difícil com uma filha. Fiquei
perdida, não sabia o que fazer e fui até o Conselho. Lá fui bem tratada e bem
encaminhada. Deus que abençoe o trabalho desses jovens. Eles são um amparo para
quem sofre.
Atualmente, o órgão não oferece condições de trabalho para os
funcionários: as linhas de telefones estão cortadas e não há carro para
deslocamento. Além disso, os conselheiros denunciaram que o salário foi
reduzido e está abaixo do que determina a lei.
- O edital do qual participamos determina o salário de R$ 1.600, com
atualização iria para R$ 1.800, mas o prefeito cortou nossos direitos e estamos
recebendo bem abaixo disso - desabafa Eduardo Neves, membro do Conselho e
ex-presidente da 1° região.
Eduardo declara que os funcionários já procuraram oficialmente o prefeito, mas que não receberam resposta. Fernão Mameluque, atual presidente da 1° região, vai além e diz que foram várias as tentativas de resolver o problema.
Eduardo declara que os funcionários já procuraram oficialmente o prefeito, mas que não receberam resposta. Fernão Mameluque, atual presidente da 1° região, vai além e diz que foram várias as tentativas de resolver o problema.
- Foram mais de seis ofícios encaminhados e quando chegou uma resposta,
foi a de calamidade financeira. A responsabilidade é do município. Não pedimos
aumento. Pedimos apenas o que está na lei. Como vamos conseguir garantir o
direito das crianças se não conseguimos nem trabalhar direito? - indaga Fernão.
De acordo com os conselheiros, o trabalho é de risco e até a segurança
fica ameaçada.
- Um colega nosso foi agredido por um adolescente dependente químico. Se
a prefeitura não disponibilizar o deslocamento temos que ir ao atendimento por
conta própria. Somos humanos, não vamos deixar de atender aos que precisam, mas
a situação está cada vez mais difícil. Pedimos a valorização do Conselho
Tutelar – disse um dos conselheiros.
TELEFONES
Os três conselhos funcionam em uma única sede, inaugurada em 2016. Cada
região tem cinco conselheiros. Os telefones de plantão, que atendem das 18h1
até às 7h59, também estão cortados.
Em nota, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que o telefone fixo já estaria funcionando e foram providenciados três celulares para atender à demanda. Quanto aos salários, todos os setores da prefeitura teriam sofrido cortes nas gratificações. Para Fernão, é preciso encontrar uma solução.
Em nota, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que o telefone fixo já estaria funcionando e foram providenciados três celulares para atender à demanda. Quanto aos salários, todos os setores da prefeitura teriam sofrido cortes nas gratificações. Para Fernão, é preciso encontrar uma solução.
- Lidamos com situações tensas. O órgão é a ponte entre a
vulnerabilidade e os parceiros. Nossa função é desburocratizar. O prefeito
precisa entender que não podemos ser submetidos a certos decretos.
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